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Mauricio Queiroz
O efeito community store

Marcas apostam no conceito de comunidade em suas lojas físicas

O varejo está focado na experiência do consumidor e muitas marcas já apostam no conceito community store, ou seja, mais do que vender produtos é dar algo em troca para a comunidade, em forma de eventos, aulas gratuitas, workshops e cursos dentro de suas lojas físicas.
A Lululemon Athletica, marca canadense de roupas esportivas e ioga, conecta seus produtos com valores que inspiram seus clientes e é conhecida por transformar suas lojas físicas em centros fitness e de conversação para devolver e envolver as pessoas com a marca. A prática originou-se do fundador, Chip Wilson, que usou seu espaço de escritório como um estúdio de ioga à noite para ajudar a pagar o aluguel. Atualmente, o conceito aumenta o engajamento dos clientes, estimula visitas regulares à loja e mantém a empresa nos primeiros lugares em venda.

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A Rapha, marca de roupas de ciclismo de alta qualidade, tem na sua loja física mais do que um espaço de varejo e um café, é um clube que serve como ponto de encontro para os ciclistas, local de exibição de corridas e eventos comunitários. Os chamados Rapha Clubhouses foram projetados para transformar o que a maioria das pessoas pensa de uma 'loja de bicicletas', se conectando com a comunidade local de ciclismo em torno do amor de estar em sua bicicleta, apoiando a comunidade com atividades, cultura e, claro, uma gama completa de roupas.

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A Apple também aposta no aspecto social no seu ponto de venda, redesenhando suas maiores lojas e lançando novas oficinas chamadas de ‘Today at Apple’, que visam transformar suas lojas em espaços de comunidade. Temas como foto, vídeo, música, arte e design estão entre as sessões educacionais conduzidas por colaboradores altamente treinados, artistas, fotógrafos ou músicos. Há estúdios que permitem que o cliente leve seu próprio projeto para aconselhamento ou simplesmente trabalhe fora do seu espaço habitual, laboratórios de música e fotografia, espaço kids com robôs programáveis e sessões específicas. As lojas receberam novas telas móveis para ajudar a apresentar as sessões, bem como os sistemas de som e assentos correspondentes. A ideia central é evoluir a experiência de marca para atender melhor os clientes e empreendedores locais.

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Mauricio Queiroz
Mauricio Queiroz é formado em Arquitetura pela Universidade Mackenzie de São Paulo e pós-graduado pela Politécnica de Catalunya Barcelona. Foi diretor do RDI (Retail Design Institute Brasil) e membro do conselho da ABD (Associação Brasileira de Designers de Interiores). Seu escritório atua desde 1994 nas áreas de Design de Consumo, Desenvolvimento de Conceito, Arquitetura e Gerenciamento de Projetos Comerciais. Entre os clientes, destaque para Etna, Vivara, Cacau Show, Omega, Under Armour, Pandora, Le Creuset, Dior, Intimissimi, KitchenAid e Duratex.
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